Hélio Consolaro*
Na reunião ordinária do Conselho Municipal de
Políticas Culturais de Araçatuba (CMPCA), realizada no dia 28 de agosto de
2013, decidiu-se que iríamos resgatar para a população o Museu de Som, Imagem e
Comunicação, situado na rua Joaquim Nabuco 151, porque havia nele um acervo
rico, maravilhoso, que estava sendo deteriorado, sem que o museu abrisse há
anos.
O presidente do CMPCA, que também é secretário,
Hélio Consolaro, fez relato aos conselheiros, dizendo que estivera com o professor
André Ornellas, vice-diretor do Unisalesiano, propondo uma parceria para que o
museu funcionasse. Ele pedira uma solicitação por escrito, prontamente feito,
mas o secretário municipal de Cultura nunca recebeu resposta, só houve
postergação.
Todos lamentaram no dia que não houvesse
representante do Unisalesiano no CMPCA para dialogar, pois a cadeira do centro
universitário estava vaga há 03 anos. 
O centro universitário dirigido pelos padres
salesianos teve alguns meses representado por Alcides Mazzini, mas renunciou alegando
que o diretor não o dispensava em horário de serviço para ser representante da
entidade de ensino no CMPCA.
Assim, só restou aos conselheiros contratar um
chaveiro e entrar no prédio, que é uma casa da Vila Ferroviária, ou seja, um
prédio público. Adentramos e vimos que o abandono era maior do que o imaginado.
Cupim por todos os lados, livro de visita parado em 2006 com a última visita.
Um cômodo do museu servia de despensa da UMA. Antigos pianos e aparelhos de
sons antigos tomados pela poeira. Uma casa abandonada.  
Temos conhecimento de que o acervo é do músico e
jornalista Alcides Mazzini (prestador de serviço ao Unisalesiano), é o xodó da
vida do artista. Aliás, as pessoas doaram tudo aquilo para ele, achando que a Universidade
da Terceira Idade (UMA, menina dos olhos do Dr. Rui dos Santos Pinto – entre aos
salesianos pelo ex-prefeito Jorge Maluly) fosse expor as peças ao público, como
parte de nossa memória, como forma de educar nossas crianças na valorização de
nosso passado, nossa história. Lá tem os primeiros aparelhos da Rádio Cultura
de Araçatuba.
Mazzini tem o acervo inventariado. Pode ser,
depende de conversas futuras, que ele crie uma ONG, a Prefeitura passe para ele
o prédio por permissão de uso e ela administre o acervo. Assim, os direitos do
Mazzini ficam preservados.
Para a o Conselho Municipal de Políticas Culturais
de Araçatuba, não importa de quem seja o acervo. Se o Museu de Imagem, Som e
Comunicação estivesse aberto à visitação ao público nada teria ocorrido. Um
museu não pode ficar fechado por 7 anos, não é depósito, é casa de visitação. O
acervo é muito valoroso historicamente.
Ninguém do CMPCA tem alguma coisa contra os padres
salesianos ou ao Unisalesiano, eles fazem parte de nossa história e têm força
no presente de Araçatuba. Estamos lutando e tomando atitudes firmes a favor da
cultura de Araçatuba. 
*Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor.
Atual presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Araçatuba 
 
 
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